Atualmente, Ciro Guerra Torres, professor de Educação Física que trabalha há 13 anos no próprio estúdio de Pilates, em Belo Horizonte, está cuidando da preparação física de seis atletas, sendo três deles deficientes visuais: Felipe de Oliveira, Marina de Paiva e Fernanda de Paiva, nadadores paraolímpicos. Além do treinamento habitual de natação, os atletas tem dois treinos semanais de Pilates. Como eles tem necessidades especiais, as aulas são ministradas em horários exclusivos para eles.
Ciro conta que, inicialmente, foi feito um reconhecimento do espaço e dos aparelhos para que os alunos sentissem segurança na mobilidade dentro da sala. ‘’Nas aulas seguintes, passamos a trabalhar as necessidades individuais de cada um, como o alongamento, o fortalecimento e a flexibilidade, além de exercícios que possibilitem e favoreçam a melhora nos treinos de natação (treinamento funcional), seja através de melhora dos índices, como o de diminuição da fadiga da rotina de treino’’, explica.
O objetivo com os treinos de Pilates, segundo o professor de Educação Física, é fazer com que esses alunos tenham condições físicas de atingir os índices para as Paraolimpíadas de 2016 – e ele realmente acredita que estão no caminho certo. ’’Desde que iniciaram os treinos de Pilates os ganhos são reais’’, revela.
‘’O incentivo a esse tipo de atleta ainda é muito pequeno. Essa é nossa maneira de divulgar o trabalho e falar sobre a necessidade de incentivo ao esporte. Cada um deve fazer sua parte, mostrando que a atividade do método Pilates é imprescindível para a população com necessidades especiais’’, completa.
O mais legal do projeto do Ciro é que o treinamento realizado com os atletas paraolímpicos é gratuito e, além das aulas de Pilates, eles tem o acompanhamento de uma nutricionista esportiva, Paula Zauli.
