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O risco da prática por profissionais não regulamentados

Bastam 120 horas (divididas em finais de semana), qualquer R$ 1 mil reais, uma plaquinha e uma sala de aula para qualquer pessoa virar instrutor de Pilates. É isso mesmo, produção?

Pelas normas atuais, os aparatos descritos acima são o suficiente para ganhar o título de especialista e oferecer exercícios físicos intensos, com potencial de lesões sérias, para idosos, gestantes, crianças e adultos.

O Pilates ganhou popularidade no Brasil e os estúdios tomaram conta das cidades. Fisioterapeutas, profissionais de Educação Física e terapeutas ocupacionais são os profissionais que mais ocupam o cargo de professor da modalidade e os mais indicados para função, desde que façam treinamentos específicos.

“Mas não há diretrizes que norteiem a formação, como conteúdo programático ou carga-horária”, afirma o coordenador da Associação Brasileira de Pilates (ABP), Eduardo Freitas da Rosa.

“Em consequência disso, existem profissionais sem condições mínimas para atuar ou ministrar cursos sobre o método”, complementa.

É verdade que, no contato com oito estúdios que oferecem curso de professor de Pilates, só um aceitou a não formação prévia em universidades que ensinam noções de anatomia ou fisiologia.

O restante disse que as aulas eram voltadas apenas para Fisioterapeutas e professores de Educação física. Mas mesmo quem já cumpriu a graduação, pode “se especializar” em “Pilates para idosos” ou “Pilates para gestantes”, por exemplo, após cumprir apenas 16 horas de treinamento.

“É muito sério isso que está acontecendo”, lamenta a Educadora Física Cristina Abrami, diretora técnica do CGPA Pilates e uma das profissionais que batalha para a regulamentação da prática e o aumento da fiscalização.

“Hoje, se você colocar uma plaquinha na porta da sua casa oferecendo as aulas, no dia seguinte terá três alunos matriculados. Muitas academias oferecem o método em classes com mais de 10 alunos, sendo que a prática deve ser o mais personalizada possível”, diz.

“Entregamos nosso corpo, a nossa saúde nas mãos de pessoas que podem ter feito apenas um workshop ou visto um DVD sobre Pilates”, alerta Cristina Abrami.

Neste contexto de mão de obra não regulamentada e capacitada para as aulas, a agravante é o perfil dos alunos. Nos últimos anos, pesquisas pipocaram enaltecendo o Pilates como “remédio” para problemas crônicos, como dores intensas, osteoporose e outras alterações musculares e esqueléticas.

De fato, explica o ortopedista especializado em coluna do Hospital das Clínicas de São Paulo, Raphael Marcon, o método é excelente para a reabilitação e também para o condicionamento físico, com já evidências científicas confirmadas.

Isso indica que quando chegam às aulas, muitos praticantes já estão lesionados, com problemas de saúde e querendo amenizar os sintomas doloridos. O problema é quando o que era para ser remédio acaba como veneno.

O presidente da Sociedade Brasileira de Coluna, Luis Eduardo Munhoz da Rocha, acrescenta que os exercícios de Pilates fortalecem a região da lombar, mas podem exigir muito de uma estrutura já comprometida.

“Os discos existentes entre as vértebras podem já estar desgastados devido ao próprio estilo de vida (postura inadequada, genética e até obesidade)”, diz.

“Quando o Pilates é ministrado por quem tem conhecimento, o limite individual de cada praticante é mais respeitado. Seja para a reabilitação, seja para o emagrecimento ou para o condicionamento físico”, completa.

Por isso, antes de mais nada, procure por um profissional formado, qualificado e que preze por sua saúde.

Com informações de http://www.educacaofisica.com.br/

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