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A Revista responde: Alongamento balístico

Começamos na semana passada a série ‘’ Você pergunta e a Revista responde’’, juntamente da profissional Ge Gurak. Se você perdeu a primeira pergunta e resposta da série, confira clicando aqui. A proposta da série é responder todas as dúvidas de profissionais e praticantes do método Pilates que são leitores da Revista.

O leitor Rafael Silva enviou por email a seguinte pergunta:

‘’ Olá Ge, parabéns pela estreia da coluna sobre as questões do Pilates. Bom, a minha é a seguinte: em um vídeo antigo do Joseph, percebi que ele fazia pequenas insistências no final do Neck Pull e hoje em dia é ensinado sem elas. Queria saber o motivo (já tentei achar um artigo, mas não encontro), de não fazer pequenas insistências quando estamos no limite do alongamento.’’

”Olá Rafael! Pergunta interessante e que rendeu uma conversa produtiva com uma amiga e parceira na questão da Educação de Pilates,:Tatiana Trivellato. A Tati é uma Instrutora brasileira que reside nos EUA e que está em contato direto com grandes instrutores do nosso método, entre eles, Lolita San Miguel, personalidade que esteve muito próxima de Joseph e Clara Pilates.

Na época da Contrologia realmente utilizavam-se as insistências. Ao ler o livro de Joseph Pilates você encontrará a justificativa relacionada a aumentar a circulação, o bombeamento, à amplitude, como acontece em outros exercícios, além do Neck Pull. Mas esta prática foi se perdendo ao longo do tempo, inclusive entre os Elders de Joseph, justificado por alguns deles que “atualmente já sabemos que isso não é benéfico”.

O que podemos concluir é que a questão pode se tratar de um mito. Recorrendo a ciência atual encontramos o alongamento balístico, como é chamado este alongamento com insistência, muitas vezes colocado como vilão, baseado na teoria de que o fuso neuromuscular seria ativado de forma reflexa no intuito de proteger a musculatura, não só dificultando o alongamento mas também aumentando o risco de lesão.

No entanto, não encontramos nenhum artigo científico falando sobre maiores riscos de lesão durante o alongamento balístico (todas as citações encontradas são de livros sem bases científicas adequadas).

Os estudos atuais falam apenas dos efeitos na performance de atletas, no ambiente de trabalho e em dor muscular tardia. Em relação à dor muscular tardia, o alongamento estático apresenta maiores índices quando comparado ao balístico (apesar de os dois apresentarem maiores índices em relação ao grupo controle).

Resumindo, não encontramos nenhuma evidência de que as oscilações utilizadas ao final do movimento aumentam o risco de lesão e de que elas não devam ser usadas no Pilates. Mas isso não significa que elas sejam indicadas, significa apenas que não há evidências de que elas devam ser contraindicadas pois, como teoria, você encontrará quem diga que por meio das contrações musculares bruscas, estas insistências, o praticante ganha energia para aumentar o limite do alongamento.

Vamos continuar a busca por artigos, o Pilates é um assunto recente para o mundo científico, possuímos pouca literatura publicada e isso nos impede de afirmar com mais consistência e dados algumas dessas questões.

Boa semana, muito Pilates e até a próxima!”

Quer tirar uma dúvida com nossa equipe? Envie sua pergunta para contato@revistapilates.com.br.

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