Definitivamente Joseph passou a maior parte da vida estudando o corpo e as aplicações práticas das leis da natureza, como eram relacionadas ao desenvolvimento natural da saúde física e mental. A Contrologia/Pilates desenvolve o corpo uniformemente, corrige a má postura, restaura a vitalidade física e revigora a mente.
Com a prática do Pilates, aprendemos a controlar nosso corpo e depois, com repetições apropriadas dos exercícios, adquirimos gradual e progressivamente um ritmo natural e todos os outros princípios associados ao método. Eis que surge a dúvida, e talvez até questionável, de muitos profissionais e também de praticantes, que é sobre as repetições de cada exercício.
Porque será que hoje está cada vez mais “normal” presenciarmos em muitos estúdios que devemos executar 10 repetições em todos os exercícios da aula? Para alguns profissionais a resposta é: eu aprendi assim; para os praticantes: meu professor me ensinou assim. Lembrem-se, isso nunca foi e não precisa se tornar uma regra!
Normalmente o repertório tem a quantidade de repetições já sugerida pela própria escola de formação, nas apostilas, onde é descrito as informações sobre cada exercício. Mas o ideal sempre será fazer de acordo com o alcance do objetivo do exercício, exemplo: o que devo estabilizar e o que devo mobilizar.
Vamos um pouco mais longe e direto ao ponto: o cliente fará o exercício até que os princípios do Pilates sejam mantidos, gastando o mínimo de energia e aplicando a força nos músculos adequados para cada movimento. Uma vez “perdidos”, interferimos em benefícios como consciência corporal, postura e alinhamento corporal ideal, prevenção de lesões, alívio de tensões e dores.
Joseph acreditava que a prática do Pilates deveria ser um trabalho do equilíbrio perfeito entre corpo e mente: o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo, a correta utilização e aplicação dos princípios mecânicos que abrangem a estrutura do esqueleto.
Então, ao invés de pensarmos em periodização, séries ou até as famosas repetições de 10 vezes para tudo, será que não é melhor pensarmos na qualidade da execução? Ou seja, para cada exercício, perceba até quantas vezes cada cliente é capaz de executar sem “perder” os pontos acima citados.
Identifique sempre caso a caso, siga as orientações de sua formação e as repetições sugeridas nas apostilas também. Com cada escolha de algum exercício específico, estude a melhor forma de como preparar seu cliente para a execução dos movimentos e como o compensará posteriormente. PRATIQUE PILATES CONSCIENTE, BOAS AULAS!
Rafaela Porto
Educadora Física
Certificada Internacionalmente pela STOTT PILATES
Pós Graduada em Atividade Física Adaptada e Saúde
CREF 048367-G/SP