Conhecer um estúdio de Pilates pode ser um tanto curioso e assustador. Normalmente ouvimos dos marinheiros de primeira viagem: “Nossa, parece que estou numa sala de tortura medieval”. Mas não se preocupe, o método é muito profissional e focado no cliente, onde os instrutores dão orientações específicas durante todos os exercícios.
Temos aqui algumas dicas para que os alunos iniciantes possam aproveitar melhor as aulas:
Pilates trabalha o corpo todo, destacando o controle, a precisão e a concentração, tanto da mente quanto do corpo. Os movimentos não são executados rapidamente ou de forma excessiva. O foco está na qualidade e não quantidade. Os músculos abdominais, assim como os das costas, glúteos e os da região do períneo, servem como o centro de todo o movimento, permitindo que o resto do corpo se mova em segurança e com precisão. Por isso, fique atento e se esforce ao máximo para seguir todas as regras que seu instrutor irá repetir ao longo das aulas.
Para escolher um estúdio para chamar de seu, dê preferência aos que sejam próximos à sua casa ou ao seu trabalho, para evitar atrasos e faltas. Existem estabelecimentos, como academias, por exemplo, que não possuem os equipamentos e trabalham apenas com o Mat Pilates (ou Pilates de Solo). As aulas de solo também permitem trabalhar todos os grupos musculares. Porém, a maioria dos estúdios usa os aparelhos, o que possibilita uma gama maior de exercícios e, por isso, são mais interessantes.
Repare se seu instrutor é preocupado em ensinar os princípios do método. O principal é a respiração, que é onde todos os movimentos começam. O método é cheio de detalhes, então existem muitas dicas sobre a execução dos exercícios para que estes sejam feitos com perfeição, por isso o professor deve repetir o tempo todo as orientações e deve ficar atento à postura do aluno para fazer todas as correções necessárias. Os termos são meio esquisitos, como “prenda a urina” ou “mantenha os ombros longe das orelhas”, mas fazem toda a diferença.
Muitas vezes, por exigência dos alunos e outras por despreparo dos instrutores, as aulas começam a ter exercícios de malabarismos. Sim, existe no método alguns exercícios aéreos, outros em que o aluno tem que ficar de cabeça para baixo, por exemplo; mas há um longo caminho para se chegar nesse ponto. Não atropele etapas. Tudo tem seu tempo e é necessário que antes sejam desenvolvidos força, controle, flexibilidade, entre outras tantas coisas para se chegar aos exercícios avançados.
O praticante também tem um papel extremamente importante, pois deve seguir todas as orientações do professor. Para isso é necessário se concentrar nos movimentos e se esforçar em executá-los de maneira lenta, controlada e coordenada com a respiração.
Cuidado para não cair na tentação de transformar a sua aula em terapia e deixar a conversa rolar solta. Por mais acostumado que você já esteja com as regrinhas, não é possível conversar e fazer exercícios ao mesmo tempo. Todos os movimentos, mesmo os mais fáceis, requerem atenção, pois cada vez que os fazemos, conseguimos conectar mais alguma parte do corpo. Não é fácil ser pilateiro de verdade, mas lembre-se que os benefícios do método dependem também de você.
Experimente, com essas dicas você só corre o risco de se viciar.
Monique Ayala
Fisioterapeuta e Instrutora de Pilates.
Crefito-2 69066-F
Hellen Morita
Fisioterapeuta e Instrutora de Pilates.
Crefito-2 76136-F
Ambas são co-criadoras do Espaço Fluir.