Método Pilates x conexão
Estou de volta com mais uma matéria da nossa série: Pilates para iniciantes! E agora que já sabemos a ideia de Joseph em torno da contrologia, seus fundamentos e princípios, vamos entender hoje a importância de estar conectado com o método. Se não existir essa conexão com o método, não existe Pilates.
Quando perguntamos o que é Pilates, muitos respondem de forma automática, e não só respondem, mas também dão aulas assim. Nossa visão, quanto instrutor, deve ser facilitar os acessos do aluno, criar espaços e fazer com que esses espaços permaneçam, sem esquecer que cada corpo é um corpo.
O Pilates deve ultrapassar as paredes do estúdio, o aluno precisa levar seus princípios para todas as suas atividades. Pensem comigo: uma série de exercícios é apenas uma série de exercícios quando não existem princípios aplicados à técnica, certo? Pilates é filosofia, é MÉTODO – lembra da postagem anterior, que vimos a definição de método?
R e l e m b r a n d o: “Processo de pesquisa organizado lógica e sistematicamente”.
Várias frases de Joseph nos falam da importância dessa conexão CORPO e MENTE. Vamos rever algumas delas:
É estar presente, concentrado e não distraído. É a mente que esculpe o corpo.
Não interessa o que você faz e, sim, como você faz.
Sempre mantenha sua mente concentrada no objetivo do exercício que está executando.
O método Pilates de condicionamento corporal é uma coordenação completa entre corpo, mente e espírito.
Lendo isso, podemos perceber que o mestre buscava esse encontro consigo mesmo, queria que seu método alcançasse mais que corpos definidos ou exercícios decorados e realizados em uma exata quantidade. Joseph queria SAÚDE, e isso envolve muito mais que a falta de doença. O foco do método não está, apenas, na melhora/cura de determinada patologia, mas também em uma PROMOÇÃO de saúde através da educação do movimento do indivíduo, do uso de sua energia e do conhecimento de seu próprio corpo.
Toda a sua metodologia foi baseada na situação grave que o mundo estava vivendo nas primeiras décadas do século XX. Estar presente é mais do que estar no estúdio, mais do que fazer uma hora de exercícios e ir embora. É conhecer, reconhecer, respeitar seu ritmo, imaginar os espaços que citamos acima e tentar criá-los realmente. É respirar, se livrar de tensões, se deixar envolver por todas as sensações que o método trás, e evoluir.
Ser um instrutor, facilitador, professor, como queiram, não significa reproduzir movimentos sem qualquer tipo de consciência dos valores e fundamentos do método. É acreditar nessa conexão e despertá-la no aluno, “rodar a chave” para o interesse na própria cura (física, mental e espiritual).
Espero que tenham gostado do nosso segundo texto e que mergulhem comigo nessa experiência APAIXONANTE que é falar sobre PILATES.
Andressa Barbosa
Fisioterapeuta
Crefito 199681-f
Instagram: @andressa.barbosa