Sempre que se fala sobre Pilates, é confirmado a segurança, a eficiência e a qualidade na entrega de serviços aos nossos clientes e, com este texto, vamos entender um pouco melhor como isso pode acontecer.
Sim, Joseph também trabalhava em grupos! Mas a base sempre foi o atendimento individual, por isso nossa preocupação com os clientes com qualquer tipo de restrição (citada em nosso primeiro texto da coluna Pilates Consciente). Quando falamos em “individual”, queremos dizer que estamos com um professor para um cliente, afinal, ainda que aplicado de forma contemporânea ou original, o Pilates deve continuar a ser “multiplicado” de forma consciente.
Não precisamos ir muito longe quando pensamos num estúdio de Pilates. Normalmente são indicados aos empreendedores, pelo menos um equipamento de cada dos que consideramos os principais, são eles: Cadillac (algumas pessoas chamam de Trapézio), Reformer, Cadeira e Ladder Barrel (ou Barril). Entendo quando essa indicação é aos donos dos estúdios, onde pode ser um excelente argumento de vendas: “Nós temos TODOS os equipamentos de um estúdio de Pilates”. Mas, pela experiência como professora e cliente, além da formação em Pilates que tenho, particularmente eu tomaria alguns cuidados.
Desde que o Pilates começou a se popularizar pelo mundo, algumas essências foram se perdendo pelo caminho e o conceito da aula de estúdio em grupo é uma delas. Então, que tal aproveitarmos este momento, para nós profissionais entrarmos em ação?
Quero ressaltar aos donos de estúdios, que não existe o CERTO ou o ERRADO, mas sim o que é melhor para seus clientes, seus professores que entregam os serviços, e seu negócio. Vamos analisar juntos e com cuidado alguns formatos de estúdio (consideremos os “principais” equipamentos):
-Um equipamento de cada (4 no total), com 3 alunos em sala e 1 professor = o professor fará 3 atendimentos diferentes ao mesmo tempo.
-Dois equipamentos de cada (8 no total), com 4 alunos em sala, 1 professor e 1 auxiliar = o professor titular é o responsável pelo planejamento da aula, então serão 2 atendimentos do professor com a assistência de seu auxiliar;
-Com até 8 equipamentos iguais de cada, 1 aluno para cada equipamento e 1 professor = o professor fará 1 atendimento para todos ao mesmo tempo.
Normalmente, como já citado em nossa coluna, as aulas em grupo são indicadas para clientes com mesmo nível de desempenho físico e consciência corporal. O domínio do repertório básico, intermediário ou avançado, também pode diferenciar cada grupo em sua aula específica.
Com grupos adequadamente nivelados, o profissional será capaz de fazer as modificações necessárias de acordo com desequilíbrios musculares ou diferentes padrões posturais, exemplo: a utilização de apoios, acessórios, posicionamentos, molas diferentes, entre outras.
Agora, vamos refletir:
Na primeira situação de nossa análise, mesmo que tenhamos clientes com o mesmo nível de aula, o professor continuará tendo que fazer 3 atendimentos diferentes e ao mesmo tempo, pois temos 1 equipamento de cada e eles são diferentes.
Na segunda situação, conseguimos ter até duas “duplas” de clientes com diferentes particularidades, pois temos 2 profissionais em sala e 2 equipamentos de cada (exemplo: podemos matricular 2 grávidas e 2 atletas nesse formato de estúdio).
Na terceira situação, conseguimos ter todos os alunos com mesmo nível fazendo a “mesma” aula, salvo algumas modificações.
Então, é possível trabalhar em grupo com qualquer um desses formatos de estúdio? A resposta, para muitos, pode até ser SIM… Mas o que diferencia um estúdio do outro, é o custo benefício, a qualidade das aulas e, o indispensável e sem dúvidas, a qualidade do atendimento que os clientes receberão.
Quer saber como melhor entender essas colocações? Simples. Analise e reflita: onde o professor tem menos atendimento ao mesmo tempo para garantir a eficiência e segurança de seus clientes e em que grupo/aula ele realmente se “encaixa”. Sem dúvidas, quem melhor poderá direcioná-los para a turma ideal à dele, são os professores do estúdio. Essa decisão com certeza nunca será para prejudicar ninguém.
Então pense nisso, pratique Pilates Consciente, ainda dá tempo!
Rafaela Porto
Educadora Física
Certificada Internacionalmente pela STOTT PILATES
Pós Graduada em Atividade Física Adaptada e Saúde
CREF 048367-G/SP