Se você é instrutor de Pilates e ainda tem dificuldades em planejar suas aulas, aí vão algumas dicas.
Primeiramente, é preciso conhecer bem o seu paciente/aluno. Para isso, é imprescindível realizar uma avaliação para identificar os objetivos, analisar encurtamentos, restrições de movimentos, fraqueza muscular, padrões de movimentos alterados, alterações posturais importantes, lesões e suas especificidades.
Para quem trabalha somente com o método Pilates, pode utilizar os próprios exercícios para analisar mobilidade articular, encurtamentos e padrões de movimentos alterados.
Após a avaliação, podemos claramente identificar que exercícios devemos priorizar na aula. Além disso, é preciso se atentar às habilidades físicas que devem estar presentes na aula, como força, resistência, equilíbrio e coordenação.
Então, vamos lá. Que passos podemos seguir para montar uma boa aula?
1º Passo – Mobilidade e Estabilidade
Definir quais articulações devem trabalhar mais mobilidade e quais devem trabalhar mais estabilidade. Lembrando que cada articulação tem sua função articular específica quando falamos em padrão de movimento, ou mesmo nos exercícios de Pilates. Sendo que todas as articulações devem ter a capacidade de mobilizar e estabilizar.
2º Passo– Força e Flexibilidade
No Pilates visamos sempre o equilíbrio muscular, não é mesmo? Logo, é necessário ter músculos fortes e flexíveis ao mesmo tempo. Devemos focar no fortalecimento dos músculos mais fracos e no trabalho de flexibilidade dos músculos mais encurtados.
Nada de trabalhar apenas força – mais tarde você pode se arrepender.
Lembre-se:
“A arte do Pilates prova que a sua idade não é medida em anos, ou como você acha que você se sente, mas sim pela flexibilidade normal da sua coluna ao longo da sua vida”. Joseph Pilates
3º Passo – Planos de Movimento
As articulações podem trabalhar nos planos sagital, frontal e transversal. Algumas trabalham apenas num plano, outras em todos os planos. É necessário trabalhar em todos os planos de cada articulação para que assim possamos manter a mobilidade articular e ativar desde os músculos mais profundos até os mais externos.
4º Passo – Diversifique suas aulas
Diversificar suas aulas não significa que você deve criar exercícios mirabolantes, com grau elevado de dificuldade e sem propósito algum. Pelo contrário, passe uma variação diferente daquele exercício que seu aluno já faz, mas que vai fazer ele se desafiar um pouco mais. Nunca perca o propósito do trabalho a ser desenvolvido com cada aluno.
5º Passo – Treine
Somente com conhecimento teórico e prático você terá total segurança para ministrar suas aulas. Então treine…treine muito e domine todos os exercícios. Conheça através de seu próprio corpo cada exercício. Isso não significa que você realizará todos perfeitamente, mas irá treinar e lapidar o movimento, refinando cada vez mais.
Espero que essas dicas possam ajudar nas suas aulas.
Agora é só colocar tudo em prática e bom trabalho!
Andréia Souza
Fisioterapeuta
Esp. Fisiologia do Exercício
Treinadora Voll
Studio Carpe Vita/ Florianópolis /SC
@fisioterapeuta_andreiasouza
@carpevita_studio